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13 de janeiro de 2012

Santuários: Basílica de Nossa Senhora do Carmo

Para iniciar a nossa primeira série, eu escolhi uma bela igreja do estado de Minas Gerais, a Basílica de Nossa Senhora do Carmo fica na cidade de Borda da Mata, no sul de minas


Imagens



As origens da Paróquia Nossa Senhora do Carmo
A história da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo se confunde com a própria história da cidade onde se situa, Borda da Mata, ao sul do Estado de Minas Gerais.
A Paróquia teve origem nas paróquias de Senhora Sant’ana, na antiga Sant’ana do Sapucaí (hoje Silvianópolis) e na de São Francisco de Paula de Ouro Fino, na Vila de São Francisco de Paula de Ouro Fino. Elas foram criadas em 1746 e 1749, respectivamente, pelo Bispado de São Paulo.
Naquela época havia um litígio entre as capitanias de Minas Gerais e São Paulo pela posse das terras localizadas à margem esquerda do Rio Sapucaí, região que se desenvolveu com a descoberta e extração de ouro. Em 1749, com a nova demarcação de divisas entre as Capitanias de Minas Gerais e São Paulo, o Pe. Dr. João Bernardo da Costa Estrada toma posse dessas duas paróquias em nome do Bispado de Mariana, da Capitania de Minas Gerais.
No entanto, dois anos depois, as duas freguesias de Sant’ana do Sapucaí e a de São Francisco de Paula de Ouro Fino voltaram para a Jurisdição do Bispado de São Paulo. Neste período a Paróquia de São Francisco de Paula de Ouro Fino teve grande expansão.
O primeiro vigário da Paróquia Senhora Sant’ana foi o Pe. Lino Esteves de Abreu. Quanto à Paróquia de São Francisco de Paula, assumiu o Pe. Pedro da Fonseca de Carvalho, embora não conste que tenha tomado posse da mesma.


O surgimento de Borda da Mata
O povoado de Borda do Campo (depois Borda da Mata) nasceu nos caminhos que ligavam a Vila de São Francisco de Paula de Ouro Fino ao Registro do Mandu (hoje Pouso Alegre). Os primeiros povoadores foram paroquianos de Ouro Fino.
O principal encontro das famílias do povoado era a reza do terço e, juntos, faziam as orações da noite. Essa religiosidade espontânea reclamava a construção de uma Capela, para que os habitantes de Borda do Mato não precisassem se descolar até a Vila do Ouro Fino para receberem assistência religiosa, assistir às missas, celebrar seus casamentos, batizar filhos e sepultar os mortos.
Em 1819, o diretor da Paróquia de Ouro Fino, Padre Joaquim Manuel Fiúza, foi consultado pelo Bispado de São Paulo da possibilidade de se iniciar “uma peregrinação missionária de evangelização” por todo o vasto território da região que estava subordinada à Paróquia de Ouro Fino.
O padre cumpriu sua tarefa de evangelização, mas não conseguiu que a Capela fosse construída naquela época. No entanto, ele contribuiu para a criação da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo no bairro de Borda do Mato do Mandu quando instalou, em 1822, um oratório em sua residência localizada em Borda do Mato, em terreno adquirido por sesmaria.
O oratório veio a favor das aspirações religiosas daquela comunidade, que partir daquele ano podiam contar com a presença de um sacerdote e um local onde poderiam fazer suas orações.

Padre Joaquim Manuel Fiúza 
De acordo com os Arquivos da Igreja Católica da Arquidiocese de São Paulo, o Padre Joaquim Manuel Fiúza foi nomeado Vigário de São Francisco de Paula de Ouro Fino em 19 de dezembro do ano de 1811.
Nascido na Vila de SANTOS, na Capitania de São Paulo, em 1º de abril de 1777, o Pe. Joaquim esteve na direção da paróquia até o ano de 1819.
O Padre não mediu esforços para o cumprimento de missão enquanto esteve à frente da Paróquia. Percorreu toda a região no lombo de burros ou cavalos, pregando e levando a palavra de Jesus Cristo aos fiéis moradores de longínquas fazendas, bairros e povoados até 1824.
Por tudo que o Padre Joaquim Manuel Fiuza empreendeu em Borda da Mata, ele é considerado o primeiro semeador, aquele que plantou entre os filhos da cidade a devoção à Nossa Senhora do Carmo.
O Padre Fiúza faleceu em 1856, na cidade de Itu, onde foi Vigário da Igreja do Carmo daquela cidade.

A primeira Capela
A criação da primeira Capela
Capitão Cipriano Pereira de Castro liderou entre os moradores do arraial, a partir do ano de 1827, um movimento em prol da construção da Capela de Nossa Senhora do Carmo. Ele abandona o oratório do Padre Joaquim Manuel Fiúza no bairro São Joaquim das Palmeiras e lança os fundamentos para a construção de uma Capela no planalto onde hoje se encontra o centro da cidade de Borda da Mata.
Instruídos pelo Padre Joaquim Borges, na época vigário da paróquia de Ouro Fino, os habitantes do arraial conseguiram dos descendentes dos primeiros povoadores e fazendeiros do lugar a doação de uma gleba de terra para a construção da Capela.
Há registros de que a Capela já estava pronta em 1833, uma vez que em documentos da época há a indicação do “Adro da Capela de Borda do Mato”, quando ali foi sepultada Rita de 5 meses, filha de Isidoro da Encarnação Antunes e de Francisca de Paula do Carmo. Se havia Adro, certamente já existia a Capela construída. Os mortos passaram então a ser enterrados no arraial e não mais em Ouro Fino.

Capitão Cipriano Pereira de Castro 
O Capitão Cipriano Pereira de Castro nasceu em 1783, em Santa Catarina de Campanha (hoje Natércia). Era casado com Jacinta Maria Moreira e residia no Moji Acima, próximo ao arraial de Borda do Mato do Mandu. Nos anos de 1821 e 1822, levaram a batismo na Matriz de Ouro Fino, suas filhas Dominga e Maria. Em 1824, já no Oratório do Padre Joaquim Manuel Fiúza em Borda do Mato do Mandu, levou a batismo o seu filho Francisco.
Em 1827, já possuía casa no arraial de Borda do Mato do Mandu. A ele coube a chefia do movimento em prol da construção da Capela de Nossa Senhora do Carmo.
Era um homem de trabalho e fé e sentia, com a família, amigos e moradores do bairro a falta de uma Capela para a assistência espiritual aos moradores do lugar. Sem a constituição de um patrimônio não poderia ser levado avante o ideal dos moradores de construírem uma Capela e, muito menos, conseguir a sua elevação a Curato.
É considerado, por isso, o segundo fundador de Borda da Mata em importância, pois foi ele quem teve a iniciativa de transplantar um pequeno Bairro nas imediações de uma primitiva fazenda para a formação no planalto de um emergente arraial em torno da magnífica Capela dedicada à Nossa Senhora do Carmo.

De Capela a Curato
Pouso Alegre foi elevada a município em 1832. Passa a ser inicialmente constituída das Freguesias de Pouso Alegre, Sant’ana do Sapucaí, Caldas, Camanducaia e Ouro Fino. O arraial de Borda do Mato do Mandu ainda era parte integrante da Freguesia de Ouro Fino, mas começou a receber mais influência da sede municipal.
Dentro de pouco tempo, separa-se de Ouro Fino, tanto no âmbito religioso como no civil. Nessa ocasião os habitantes do Bairro de Borda do Mato do Mandu intensificaram a edificação e a ornamentação da Capela para transforma-la em Curato.

O que é Curato? 
Em virtude de privilégios pontifícios que se transmitiram da Coroa Portuguesa ao Império Brasileiro, a criação de freguesias era atribuição do poder civil, cumprindo à Igreja, salvo em casos de abusos políticos, cuidar de sua instituição canônica.
Contudo, quando a Igreja verificava a necessidade de promover a assistência religiosa de um povoado ou de uma região ainda não elevada por lei à categoria de freguesia, restava-lhe o recurso de erigir ali um curato com seu capelão, com seu arquivo próprio, passando a ser verdadeiras paróquias, porém sem as regalias civis das freguesias. Os capelães não recebiam dos cofres públicos, mas sim das espórtulas dos fiéis.
Borda do Mato passou, em 1834, a ser Curato filiado à Freguesia de Ouro Fino.


A Capela Curada
Ao redor da Capela levantaram-se as primeiras casinhas rústicas. O Casario do arraial se alastrou rapidamente com a ocorrência de forasteiros de todas as regiões atraídos pela fertilidade do solo e notícias de grandes riquezas.
No início do ano de 1834, os moradores do arraial, já com a Capela de Nossa Senhora do Carmo completamente pronta, dirigiram petição ao Bispo de São Paulo para transformá-la em Capela Curada. Tudo indica que essas providências dos moradores do arraial de Borda do Mato do Mandu eram orientadas pelo Padre Joaquim Borges que, na época, era vigário na paróquia de Ouro Fino. Em junho daquele ano a Capela foi Curada e Padre Bernardo Leite Ferreira assumiu as funções de Capelão Cura.
Os limites da Capela seriam demarcados pela Câmara Municipal de Pouso Alegre, a cujo município pertencia toda a região, inclusive Ouro Fino, de onde Borda da Mata se desmembrara no eclesiástico.


Afastamento do Capelão, Missões e a visita de um Bispo
O Padre Bernardo Leite deixou a direção da Capela Curada de Borda da Mata em outubro de 1843. Durante o seu afastamento, a Capela ficou sob a direção dos Vigários de Ouro Fino e seus coadjutores. Mas os habitantes de Borda da Mata não deixaram esmorecer a fé e devoção à Virgem do Carmo e comemoraram todos os anos, mesmo sem a presença do Cura, o dia 16 de julho, data consagrada a Nossa Senhora do Monte Carmelo.
Não ficaram os habitantes do Bairro sem assistência espiritual, pois receberam assistência dos seguintes Padres: José Barbosa do Nascimento (1847-1849); Padre Severino de Andrade Mota (1844); Padre Felipe de Almeida Lima (1844-1846); Padre Francisco Ferreira Garcia (1847-1849); Padre Joaquim Firmino Gonçalves Curimbaba (1848-1851) e Padre Martinho Antônio Barreto (1851).
Alguns atos isolados foram celebrados por sacerdotes de Pouso Alegre e, no período compreendido de 1849 a 1850, estiveram na Capela Curada de Borda da Mata, celebrando atos paroquiais, frades Franciscanos que realizavam Missões no Sul de Minas e se fixavam em Borda da Mata.
O Padre Bernardo Leite Ferreira reassumiu sua Capelania do Curato em março de 1852 depois de ausentar-se por nove anos consecutivos.
O Bispo de São Paulo, Dom Antônio Joaquim de Melo, em sua primeira visita às paróquias do Sul de Minas, esteve na Capela de Borda da Mata deixando registradas nos livros paroquiais diversas determinações ao Capelão, datados em 12 de dezembro do ano de 1855.
Aproveitando a presença do bispo em Borda da Mata, habitantes dos bairros do Cervo e das Cabeceiras do Rio Moji pediram a sua transferência para a estola de Borda da Mata, por estarem mais próximos dela. Dom Joaquim ordenou, portanto, que os moradores daqueles bairros ficassem sujeitos ao Curato de BORDA DA MATA, somente no eclesiástico, pois, nos despachos políticos e civis deveriam continuar sujeitos ao seu antigo lugar, porque tais assuntos não eram de competência do Governo Eclesiástico.


A FREGUESIA
Criação da Freguesia
Borda da Mata foi elevada à Freguesia quando completava 24 anos de Curato. Assim, o Padre Bernardo Leite Ferreira foi também o primeiro Vigário de Borda da Mata. Em novembro de 1886, o negociante mais importante da cidade Daniel Dioclesiano da Silva, doou cerca de oito alqueires de terra para o Patrimônio da Paróquia.
Outro morador da Freguesia, o fazendeiro Antônio Marques da Silva, doou parte de sua fazenda para seus escravos e depois que todos falecessem, reverteria a doação para a Igreja. Com os escravos que possuía, Antônio Marques da Silva construiu e talhou uma cruz em madeira de lei que se acha, até nossos dias, na Capela do Bairro da Santa Cruz, em Borda da Mata.

O paroquiato do Padre Letizio Maria Lauria
Acontecimentos importantes marcaram o paroquiato do Padre Letizio Maria Lauria. Naquela época, várias famílias de imigrantes italianos, sírio-libaneses, portugueses e alemães vieram residir em Borda da Mata, contribuindo para o progresso do Distrito.
Em 1º de maio de 1890 foi legalizada a escritura do terreno do atual Cemitério de Borda da Mata, no lugar denominado “Alto da Porteira”, na estrada que vai dar ao Bairro das Contendas.
Pelo censo geral realizado no país, Borda da Mata estava com 8.066 habitantes, sendo 4.041 homens e 4.025 mulheres.
Até o ano de 1893, não se comemorava ainda o dia 16 de julho, dia da Padroeira Nossa Senhora do Carmo. Entretanto, no ano de 1894, uma grande festa foi realizada com a presença de muitos sacerdotes das paróquias vizinhas, inclusive o Revmo. Padre Vicente de Melo Cézar, vigário da Vara de Pouso Alegre, a cuja comarca eclesiástica pertencia Borda da Mata desde 1874.
Em 29 de novembro de 1899, a paróquia de Borda da Mata recebe o visitador diocesano, Padre José Paulino de Andrade. E, finalmente, dá-se a mudança de jurisdição eclesiástica da paróquia com a criação da Diocese de Pouso Alegre.
Com a Proclamação da República em 1889, Borda da Mata continuou a ser um distrito do Município de Pouso Alegre. Em conseqüência da separação da Igreja do Estado, deixara de ter caráter civil a sua elevação à Freguesia. Separadamente, no entanto, continuava sendo uma Paróquia do Bispado de São Paulo e, posteriormente, do Bispado de Pouso Alegre e, também, Distrito do Município de Pouso Alegre. Desde então, a designação de freguesia passou a ter acepção unicamente eclesiástica.

O SÉCULO XX
Borda da Mata no início do século XX
A Bula “REGIO LATISSIME PATENS”, do Papa Leão XIII, criou finalmente a Diocese de Pouso Alegre, em 4 de agosto de 1900. Era constituída pela região denominada “Sul de Minas” e desmembrada das Dioceses de Mariana e de São Paulo. Na época tinha cerca de 49.400 quilômetros quadrados e uma população de 800.000 habitantes.
Em 19 de julho de 1901 chegou festivamente a Pouso Alegre, vindo de Campinas, o Exmo. Revmo. Bispo Dom João Batista Corrêa Nery, tomando posse solene no dia 21 do mesmo mês. Dom Nery foi o primeiro Bispo da Diocese de Pouso Alegre, deixando esta Diocese em 30 de outubro de 1908, continuando, porém como administrador apostólico.
Dom Nery permaneceu até o dia 27 de setembro no Distrito e determinou a restauração da Igreja Matriz de Borda da Mata. O bispo também recomendou a disposição das imagens dentro da Igreja Matriz e a preocupação de não adquirir tapetes e outros ornamentos para a Igreja devido a pobreza do povo.
Foi resolvida, no entanto, em 1904, a construção de uma Nova Matriz, no paroquiato do Cônego Antônio Augusto de Assis. Durante a construção, a Igreja do Rosário foi a Matriz provisória, localizada na rua Francisco Marques da Costa, esquina com a Rua Francisco Fagundes. A localização da Nova Matriz corresponde hoje ao jardim da Praça Nossa Senhora do Carmo em frente à atual Matriz.
No paroquiato do Cônego Antônio Augusto de Assis foi dada provisão para o Vigário de Borda da Mata dar assistência à população do Bairro do Sertãozinho. Na provisão consta que a Capela era filial de Borda da Mata, datada em 14 de abril de 1904.
Os bordamatenses assistiram, nos dez primeiros anos do século XX, o florescimento da religião católica na comunidade, graças à dedicação e zelo dos vigários. Destes, o Padre Artur Amarantes Cruz se distinguiu pela dedicação com a instrução religiosa e alfabetização dos filhos de nossa terra.

Cônego Ferraz
Em 1914, assumiu o Padre José de Barros Ferraz da Luz, mais tarde Cônego Ferraz. Em 1915, mais precisamente no dia 15 de maio, a paróquia recebeu a Visita Pastoral realizada pelo Monsenhor Teófilo Guimarães, que durou 7 dias. Foram crismadas 183 pessoas. Houve 230 comunhões. Em 1915, o Cônego Ferraz benzeu uma parte nova em que aumentava o Cemitério em 20 metros de frente por 60 de fundo.
Em Guaxupé, o bispo Dom Antônio Augusto de Assis assinou autorização para se proceder a demolição da pequena Igreja dedicada à Nossa Senhora do Rosário que funcionou como Igreja Matriz durante a construção da Igreja definitiva.
Em 13 de abril de 1917 esteve em Borda da Mata o Bispo Dom Otávio Chagas de Miranda, que tomou posse na Diocese no dia 29 de junho do no anterior. Durante a Visita Pastoral de Dom Otávio foi inaugurado o Grupo Escolar.
Durante esse paroquiato Borda da Mata conseguiu a autonomia Político-Administrativa, com a instalação da Câmara Municipal, em novembro de 1924. Na mesma época foi adquirida a Imagem de Nossa Senhora do Carmo. No dia 16 de julho de 1916 havia sido inaugurado o artístico Altar Mor da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo.
No paroquiato do Cônego Adolfo Carneiro, Borda da Mata foi elevada a Termo Judiciário anexo à Comarca de Pouso Alegre (1939). Neste período foram construídas capelas, instalados relógio e pára-raios e adquiridos quadros sacros artísticos e de lindíssimas imagens para a Igreja Matriz.

A Imagem de Nossa Senhora do Carmo e o Altar Mor
A imagem de Nossa Senhora do Carmo que preside presentemente as procissões da Padroeira no dia 16 de julho foi adquirida na Espanha pelo Padre José de Barros Ferraz da Luz para compor o centro do Altar Mor da Velha Igreja Matriz. A imagem foi benta solenemente em 10 de abril de 1921. Não só os filhos de Borda da Mata, mas todos os inúmeros visitantes de nossa atual Matriz, fixam seus olhos atentamente no rosto da imagem de Nossa Senhora do Carmo e percebem o sorriso compassivo e misericordioso da Mãe de Deus em favor de todos. Percebem os devotos e compreendem a mensagem de confiança que ela quer transmitir.
O Altar Mor foi talhado em madeira de cedro pelo o senhor João Pinheiro, conhecido artista da cidade de Jacutinga. O altar, que havia sido uma verdadeira obra de arte em madeira de lei, se encontrava bem deteriorado, quando da demolição da Igreja Matriz velha e se perdeu sem condições de restauração.

O longo viagariato do Monsenhor Pedro Cintra
O Monsenhor Pedro Cintra esteve à frente da Comunidade Católica da cidade por 38 anos, no mais longo vigariato da Paróquia de Borda da Mata. Homem de fé, esclarecido e prudente, desenvolveu intensamente a vida religiosa da cidade e também da zona rural, colocando a Paróquia entre as mais piedosas da Diocese.
O Monsenhor realizou várias obras materiais de importância, como a Igreja Matriz dedicada à Nossa Senhora do Carmo, a Casa Paroquial (hoje transformada em Centro de Pastoral) e o prédio para o Colégio Nossa Senhora do Carmo, das Irmãs Dominicanas.
Depois do Monsenhor Pedro Cintra, assumiu o Padre José Eugênio da Fonseca, no dia 10 de fevereiro de 1985.

A Paróquia até os dias atuais
O lançamento da pedra fundamental da Nova Matriz de Nossa Senhora do Carmo ocorreu em 16 de julho de 1951.
A execução da planta em estilo romano-lombardo foi confiada ao arquiteto Cav. José Sachetti. A construção foi entregue ao Sr. Rogério Gissoni e a direção ao mestre de obras Sr. José Firmo Werneck. As esculturas foram confiadas ao grande mestre das artes sacras Celestino Roiz Artigas.
Começava então a realização de todo esse vasto e grandioso monumento, que iria exigir muito trabalho e que deveria ser o marco da fé e esperança em Borda da Mata.
Mesmo sem estar totalmente pronta, a Primeira Missa no local foi realizada na Noite de Natal de 1954, oficiada pelo Revmo. Pároco Cônego Pedro Cintra. Em julho de 1958 estava pronta a Nova Matriz de Borda da Mata. Foi sagrada por seu filho mais ilustre, o Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, Dom João Rezende Costa.
A Matriz de Nossa Senhora do Carmo é um monumento que assinala uma época e o marco do primeiro Centenário da Paróquia, dos cem anos de vida religiosa dos habitantes de Borda da Mata.
Em 23 de setembro de 1962 toma posse o 1º Arcebispo da Arquidiocese de Pouso Alegre: Dom José D’Ângelo Neto. Foi nomeado Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Pouso Alegre Dom João Bosco Óliver de Faria.
Com o falecimento de Dom José D’Ângelo Neto, toma posse o 2º Arcebispo Dom João Bergese em 22 de junho de 1991. Dom João Bosco toma posse da Diocese de Patos de Minas. Dom João Bergese faleceu repentinamente no ano de 1996 e em 3 de dezembro do mesmo ano tomou posse o 3º Arcebispo da Arquidiocese de Pouso Alegre, Dom Ricardo Pedro Chaves Pinto Filho. Em 2 de março de 1997 começou o paroquiato do Pe. Édson José Oriolo dos Santos, sucedendo o Pe. José Donizete Moreira. A gestão de Pe. Édson foi modelo de trabalho e organização: fundou 11 Comunidades Urbanas, ativou e organizou 14 Comunidades Rurais, num grandioso trabalho de evangelização.

Atual paroquiato
No dia 16 de fevereiro de 2007 foi apresentado à comunidade paroquial o novo Pároco, Pe. Benedito Ramon Pinto Ferreira, e o novo Vigário Paroquial, Pe. Daniel Santini Rodrigues. Os dois padres foram acolhidos por um grande número de fiéis de Borda da Mata e por amigos e familiares de outras paróquias. A cerimônia de posse foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Ricardo Pedro Chaves Pinto Filho, e contou com a participação de vários padres de nossa Arquidiocese.



                Arquidiocese de Pouso Alegre

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