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4 de dezembro de 2011

2º Domingo do Advento

ABC Litúrgico:

Oração do Dia:

 Visitai vossa vinha, Senhor Deus, e protegei-a de toda
maldade e perigos.Vós, que viveis e reinais para sempre. Amém.



ADVENTO TEMPO DE VIGILÂNCIA
(Pe. Marcelo Rezende Guimarães)
E sc re ve a  nos sa   l i t u rgi s ta   Io ne  Bu y s t ,  em  seu   l i v ro 
Preparando Advento e Natal (Paulinas, São Paulo), p. 13: 
“Costumamos dizer que o Ano Litúrgico começa no 1o 
domingo do Advento, assim como o ano civil começa em 
1o de janeiro. Mas, na verdade, o Ano Litúrgico não tem 
começo nem fim. Todo ano comemoram-se duas grandes 
festas: Páscoa e Natal. A Páscoa é mais importante que o 
Natal. É a maior festa cristã, porque celebra a ressurreição 
de Jesus. Ambas as festas são precedidas por um tempo 
de preparação”.
“Tu vens, tu vens, eu já escuto os teus sinais...” (Alceu 
Valença, Anunciação). Esta música popular, cantada por 
muitos jovens, pode nos ajudar a entrar no espírito do 
tempo do Advento, seguir as pistas dos sinais do Reino e 
acolher a presença de um Deus que vem ao nosso encontro.
 As antigas comunidades cristãs, quando começaram a 
celebrar o Natal, o fizeram, ao mesmo tempo, como o 
desdobramento da alegria pascal e como celebração do 
início do mistério da salvação. E assim como a festa da 
páscoa era preparada por um tempo de jejum e escuta da 
Palavra, colocaram também um tempo de preparação antes 
da festa do Natal. 
A palavra Advento, como tantos outros termos importantes 
do cristianismo, foi tirada do vocabulário pagão e significa 
chegada ou vinda. Ao longo do tempo, foi assumindo o sentido 
tanto do nascimento do Senhor (o Senhor veio!), quanto da 
preparação para este evento (o Senhor vem!) e também da 
espera da segunda vinda de Cristo (o Senhor virá!). 
A liturgia ocidental, nas duas primeiras semanas do Advento, 
acentua a espera da segunda vinda de Cristo no final dos 
tempos, enquanto nas outras duas semanas coloca a ênfase 
na preparação para a solenidade do Natal.
Os cristãos primitivos tinham o costume de esperar a 
celebração de cada domingo com uma vigília de oração. 
Com isto desejavam expressar uma verdade profunda de 
seu modo de viver o cristianismo. Como afirmou Santo 
Agostinho em uma destas vigílias: “Para nós, cristãos, 
viver não é outra coisa que vigiar. E vigiar é abrir-se à vida”.
No Evangelho, encontramos muitas palavras de Jesus nos 
exortando à vigilância. Um dos textos que inspirou muito a 
liturgia do Advento é a parábola das virgens sábias, contada 
em Mt 25,1-13, com sua imagem das lâmpadas acesas e 
seu mandamento de vigiar.
Isto poderia ser vivenciado, por exemplo, retomando a 
antiga tradição das vigílias (o Ofício Divino das Comunidades 
tem um roteiro muito bom). Mas também poderia ser 
feito através da solenização do acendimento da coroa 
do advento, como expressão da vontade comunitária de 
vigiar. É claro que tudo isto terá um sentido profundo se 
dedicarmos um tempo maior para a oração pessoal e escuta 
da Palavra de Deus.
Concluindo, citemos de novo Ione Buyst: “A celebração do 
Ano Litúrgico é uma forma de a gente lembrar, ao longo da 
caminhada, a presença dinâmica de Deus em meio a seu 
povo. E, lembrando, unimo-nos e nos comprometemos com 
ele. Celebrando a Páscoa de Jesus, fazemos hoje, nele, a 
nossa Páscoa. Celebrando o Natal de Jesus, fazemos hoje, 
nele, o nosso Natal. Celebrando o Advento... de Jesus, ele 
se manifesta a nós e nos faz caminhar mais depressa em 
direção ao Reino. Foi por isso que o papa Paulo VI disse 
que a celebração do Ano Litúrgico não é só recordação 
de um fato passado, mas ‘goza de de força sacramental e 
especial eficácia para alimentar a vida cristã’” (ibid., p. 14)

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